Quick SEO Fixes for Website Optimization

With millions of websites on the internet, it is important for your website to stand out and appear on the first page of the search engine results. This drives more traffic to your site. According to…

Smartphone

独家优惠奖金 100% 高达 1 BTC + 180 免费旋转




Viver com ousadia

Existe uma palestra da Brené Brown no Netflix que assisti certo dia porque minha psicóloga tinha comentado sobre a pesquisadora. A pesquisa da Brené é sobre vergonha e vulnerabilidade, e durante a palestra ela aborda alguns desses pontos. Eu vi essa palestra há uns dois anos e apesar de não me lembrar de tudo que foi dito, uma fala da Brené me marcou profundamente.

Sempre me entendi como alguém “sentimental”. Minha família me chamava de manteiga derretida, sempre chorei com facilidade e isso ainda acaba sendo uma questão para mim em alguns momentos. Apesar de nunca ter tido problema em ser a manteiga derretida, enquanto fui crescendo, percebi o quanto as pessoas valorizam não se importar, não sofrer (ou melhor, não demonstrar que sofre) e como expressar dor pode ser usado contra a gente. Já ouvi de amigas que sou sentimental demais e todas as vezes que ouvi isso entendia um alto e claro “você é fraca”. Fraca porque o mundo é difícil mesmo e chorar por causa disso não melhora nada. Os fortes engolem o choro e seguem em frente.

Mas isso nunca funcionou para mim. Na verdade, nas poucas fases da minha vida nas quais não demonstrei minha dor, fiquei extremamente abalada emocionalmente e tive que recorrer à terapia. Entender como eu funciono foi importante mas eu ainda seguia ouvindo frases como aquelas e isso me fazia duvidar se seria melhor não ser a sentimental. E, então, vi a palestra da Brené. Ela usa uma citação de Theodore Roosevelt, conhecida como “O homem na arena”:

E ela explica: se você está na arena, mostrando sua vulnerabilidade, sendo corajosa, é isso que importa. E você não pode ouvir conselhos ou opiniões de quem não está na arena, para eles é mais fácil te criticar do que olhar para as próprias vulnerabilidades.

Esse conceito mudou minha vida. Entendi, de verdade, que requer coragem para mostrar dor, chateação, tristeza e todos os sentimentos tidos como ruins, fracos e menos nobres. É muito mais fácil e aceitável fingir que não se importa ou responder à dor com raiva e agressividade. E para quem escolhe esse caminho mais fácil, incomoda alguém que mostra suas vulnerabilidades.

Em seu livro A coragem de ser imperfeito, Brené fala sobre a vergonha e como ela influencia nosso amor próprio, noção de valor e forma como vivemos. A vergonha, para a pesquisadora, pode tomar diversas formas e ser causada por uma variedade de motivos, mas o âmago do sentimento é: queremos ser amados e aceitos e sentimos vergonha quando alguma ação nossa nos afasta da realização dessa necessidade.

Ao longo da vida, o medo de não sermos aceitos e amados pode nos consumir e, então, construímos armas e armaduras para nos proteger da vergonha. Mas a vergonha existe e fugir dela não é a solução, pelo contrário, fugir dela só a torna ainda mais poderosa. Tudo aquilo que não reconhecemos toma conta de nós, mesmo que não saibamos conscientemente disso.

O convite de Brené é para sermos vulneráveis. Quanto mais corajosas formos para entender nossas vulnebilidades, mais entenderemos nossa vergonha e medo e, assim, poderemos dialogar com esses sentimentos. Sentir vergonha porque se sentiu excluído de um determinado grupo, por exemplo, faz parte. Mas quando esse sentimento significa que você não é valioso ou amado, temos um problema.

Durante a maior parte da minha vida eu deixei o medo da vergonha ditar minhas ações e escolhas. Queria muito ser aceita e amada e acreditava que isso era algo que o outro poderia me oferecer se eu fosse maleável. Para me sentir digna de amor, ao invés de me reconhecer e reconhecer meu valor, fazia tudo o que eu achava que outras pessoas queriam que eu fizesse. A verdade é que todas as relações que eu senti necessidade de mudar quem eu era não foram boas relações. Não foram relações saudáveis e algumas delas foram abusivas psicologicamente.

Quando eu finalmente reconheci meu valor, percebi que não precisava mais ser dominada pelo medo de não ser aceita. Eu não sou aceita e amada por muitas pessoas — mas isso não importa, porque é um direito delas e isso não determina meu valor. Viver na arena, como Brené fala, não é fácil. Pode ter certeza que você vai sofrer e terá que aprender com a incerteza. Mas isso é uma escolha.

Eu posso entender minhas vulnerabilidades, mostrar elas em momentos importantes e ter coragem de ser quem eu realmente sou, mesmo que isso signifique não ser amada em todos lugares. Ou posso optar por viver com medo de não ser aceita, me guiando pelo o que os outros esperam de mim e não me sentir amada mesmo quando dizem que me amam.

Não é uma escolha fácil e ela é feita diariamente, mas vale a pena. Meu convite para você, então, é pensar em qual sentimento você tem resistido a reconhecer que existe. Reconheça. Aceite sua vulnerabilidade e seja bem-vinda à arena.

Add a comment

Related posts:

COLLEGE AFTER 40

I want to share my experience at college after I turned forty. So, here you must be assuming that after my kid grew up I got this drive to take up my lost dreams and pursue my education further and…

Rediscovering Protest Culture

When I got the Cooke Town residents’ WhatsApp forward to join a protest against the rape and murder in Kathua, I felt glad(for a whole two minutes before the scepticism set in) that someone had taken…

Why is Matthew Mellon Considered a Cryptocurrency Icon?

Banking heir and cryptocurrency bigwig billionaire, Matthew Mellon, passed away on April 16th, in Mexico. The cryptocurrency landscape will never be the same again with his passing. When the industry…